Artigos
ALEXANDRE DE SOUZA CURY – Médico Residente do 3o ano de Otorrinolaringologia da Universidade Luterana do Brasil.
ALBERTO MANFRIM – – Médico Residente do 1o ano de Otorrinolaringologia da Universidade Luterana do Brasil.
PEDRO DEMENEGHI – Médico Residente do 2o ano de Otorrinolaringologia da Universidade Luterana do Brasil.
RENATO ROITHMANN – Professor Adjunto de Otorrinolaringologia da Universidade Luterana do Brasil. Coordenador do Setor de Rinossinusologia do Complexo Hospitalar da ULBRA.
SÉRGIO TESSER –Médico Otorrinolaringologista.
Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 51 (1): 53-57, jan.-mar. 2007
SINOPSE
O objetivo deste trabalho é relatar um caso de síndrome do seio silencioso e revisar os aspectos mais importantes para o diagnóstico e tratamento. A síndrome do seio silencioso é uma entidade clínica rara caracterizada por enoftalmia espontânea e por hipoglobus associados a atelectasia do seio maxilar, que requer tratamento cirúrgico. O diagnóstico é usualmente acidental durante a investigação radiológica de pacientes com enoftalmia. A endoscopia nasal pode apresentar um padrão característico com colapso lateral da concha média e apófise unciforme. Usualmente observa-se uma retração importante da fontanela posterior do seio maxilar comprometido. O tratamento é cirúrgico, objetivando a aeração do seio maxilar comprometido para o meato médio por meio de antrostomia. O óstio natural de drenagem do seio comprometido deve ser incluído na antrostomia, para evitar o fenômeno de recirculação de muco. O mesmo apresentou evolução favorável pós-cirúrgica com follow-up de 1 ano sem progressão da enoftalmia. Conclui-se que a síndrome do seio silencioso é uma patologia rara, que deve ser incluída no diagnóstico diferencial de enoftalmia. Os achados de imagem com envolvimento da órbita e do seio maxilar confirmam o diagnóstico, e o tratamento exige a aeração cirúrgica do seio comprometido.
UNITERMOS: Enoftalmia, Atelectasia do Seio Maxilar, Síndrome do Seio Silencioso.